Na altura dos meus 16 ou 17 anos eu cria que não poderia prestar vestibular para Artes Cênicas. Não me considerava criativa o suficiente para. Precisava sempre que o diretor me explicasse bem como era a cena e a personagem, não inventava o suficiente nem me sentia livre para fazer o que viesse à cabeça ou no calor da cena. Na minha lógica virginiana fiz a teoria que eu primeiro teria que viver, ter experiências para então ser uma atriz, uma artista.
Já se vão quase dez anos desde o meu primeiro vestibular e hoje ao ler os contos de Hemingway finalmente percebo que para ser artista não é necessário ter vivido décadas nem viajado o mundo inteiro. Para ser escritor há apenas que escrever! Para ser atriz, atuar e por aí vai. Entendo hoje que o que me barrou naquele tempo foi o medo. O medo da MINHA CRÍTICA, o medo do discurso do "grilo falante" (como diz minha amiga Jane).
Para ser artista ou artífice há que se ser corajoso e auto-confiante o bastante para seguir sua própria verdade.
"Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar apesar de todas as conseqüências." [Osho]
2 comentários:
acertou na mosca agora, meissa.
coragem, mulher! ;)
Em prol da renovação eterna do mundo criativo e da não extinção das artes, vamos todas jogar os grilos falantes no armário e fechar a porta. É lá que eles devem ficar, enquanto a gente pirilampeia por aqui. bjo, Jane
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