domingo, 26 de agosto de 2012

Parado, aí!

Ficar parado não quer dizer ficar estagnado. Ficar parado quer dizer estar. Apenas ser. Como? Ser. Diante da rapidez e exigências externas, o cérebro entende que ficar parado é errado. Não é. 
Não temos que produzir 24h por dia, não somos máquinas. 
Ficar parado para mim é um aprendizado. Muitas vezes tenho a intuição que me diz "calma. não faça nada. apenas respire e fique em paz". 
Minha ansiedade tem me acordado às 5h da manhã como se eu tivesse muito a ser feito e estivesse atrasado. Mentira. Como controlar esse impulso de sempre agir, sempre resolver problemas, sempre riscar uma lista de tarefas? O meu automático me pede que esteja sempre ativa, mas meu coração apenas quer bater e estar no agora sem obrigações. 
Ser passiva quando necessário é um exercício de paciência. Não sou capaz de resolver tudo, não tenho todas as respostas e não TENHO que ter. 
Creio que depressão, sim já passei alguns períodos assim, é o descontrole do ego. Ego que deseja, pede e nunca se satisfaz. Depressão é quando o ego toma uma forma tão gigante que parece que a sua existência é a mais problemática dentre 7 bilhões de seres humanos neste planeta. É uma distorção da realidade. 
Veja bem, cada um de nós é um pontinho minúsculo. Sempre que viajo de avião, na hora que ele decola, observo do alto as casas diminuindo, depois aparecem as ruas com os carros e em pouco tempo a cidade de São Paulo fica parecendo uma pequena maquete com luzinhas acesas de carros, casinhas e mini pessoinhas. Cada uma delas com problemas, medos e ansiedades. Cada uma delas pensa que a dor delas é maior que qualquer outra e que seus problemas não terminarão e não serão capazes de serem plenas e em paz. Ora, tudo é ponto de vista. Do alto tudo parece tão mais engraçado. Imagino Deus nos olhando de cima e rindo "pobres mortais!". Nenhum problema é maior que você. Nenhuma dor é a pior. 
Estou num exercício de redimensionar as coisas que me incomodam e torná-las pequenas. Imagino eu voando sobre elas e vendo-as minúsculas como grãos de arroz. Fáceis de tirá-las do caminho, passar por elas ou apenas rir e ignorá-las. Elas não são importantes, são apenas coisas que fazem parte e não me impedirão de ser feliz e ficar em paz. 
Ficar parado é o ato que poder respirar calmamente e ser grato por ser quem sou e por ter todas as experiências que passei para me trazerem até o momento presente. Ficar parado é não se afetar por bobagens, não se afetar por nada. É manter a energia vital equilibrada e saber que está tudo bem. Que tudo tem um propósito de ser e será resolvido eu me desesperando ou não.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

E nesses dias em que me sinto só, olho pela janela e imagino que neste exato momento existe alguém que se sente como eu e que nos reconheceremos quando for devido.

sábado, 21 de abril de 2012

Delírio

Eis que acordo no meio da confusão barulhenta da sexta feira à noite com o telefone. Penso, reluto, quero dormir. Tá, vou ver. Ela. Tão bêbada quanto eu, tão carente quando eu e claro, tão louca quanto. Talvez seja justamente por tudo isso que nos atraímos.
Bêbada, brava e falando um inglês que eu nunca tinha escutado antes. Aquele inglês da segunda garrafa de vinho que todo mundo aprende a falar de repente. Ela busca compreensão e talvez um pouco de diversão na sua noite frustada e eu, muito encanta, lhe dou. Lhe dou e rio junto, como crianças rodando numa cirando e cantando uma música que não sabem o fim e vão inventado como cantá-la. Divertido e insano.
O gosto de cerveja e o sono me atrapalham até o momento que eu preciso dormir apesar de querer continuar o colóquio inapropriado e indecente.
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Desperto no horário esperado. Inspirada. Ainda com o gosto da maldita cerveja na boca. Já tinha me prometido não beber cerveja!
Sento ao computador e lá está: Pêlo de gato. Pêlos de gato são como Deus: onipresente. Dois meses e meio depois de algumas boas faxinas e ainda encontro pêlos de gatos. Principalmente nas roupas. Eles riem de mim. Afinal houve SIM um gato, ou melhor, um gata. E houve sim um motivo para essa gata ter existido nesse apto perdido no centro da cidade: ELA.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Heróis

O meu primeiro herói consciente foi o eterno JASPION! Meu coração disparava quando começava o seriado e claro que eu ficava treinando luta com meu irmão para poder imitar o Jaspion destruindo os monstros. Quando ele se transformava naquele boneco gigante me dava frio na barriga. Tinha medo e fascinação.
Estou pensando em realizar esse sonho de infância e começar a praticar Muay Thai, fazer os meus "day dreams" de Jaspion! hehehe