quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sobre "Meia noite em Paris"

Fui assistir o filme com o nariz torcido, não gosto do Woody Allen. Não vou com a cara dele e acho o fim do mundo quando ele atua nos próprios filmes. O ator principal desse filme agora tb não é lá essas coisas, tem cara de bobo e já fez muito besteirol americano.
Bem, mas o caso é que eu gostei do filme apesar de tudo isso. Me prendeu e entrei na fantasia da coisa. Me identifiquei com o Gil que vive no mundo da imaginação querendo recriar melhores mundos. Nos meus 18 anos eu tb queria viver na década de 1920 onde imaginava pessoas mais humanas, românticas, um mundo menos competitivo e mais lento. Pura fantasia.
Interessante como o roteiro ri da nossa cara de dizer que "antes" em "outro lugar" era melhor que aqui e agora. Eu estou numa fase ótima conseguindo estar em paz com o tempo presente e comigo. Não tem preço e dá uma sensação de satisfação sim. De harmonia interna e até de felicidade. Tudo está no lugar certo na hora certa.
Outro ponto do filme que gostei é um casal sem afinidade. Afinal, nem todo sexo bom é pra namorar. E pelo jeito, nem o sexo era tão assim. O personagem do Hemingway diz frases de efeito perfeitinhas para isso "o sexo é tão incrível que vc perde o medo da morte". É quando vc pensa "posso morrer agora". Ter essa combinação é uma sorte. Mesmo assim isso não é garantia de sucesso. Afinidade em outras áreas também é uma GLÓRIA!
O terceiro e último assunto é o medo que temos dos nossos sonhos, principalmente de realizá-los. Até onde a aprovação/desaprovação social nos guia ou nos atrapalha? Até que ponto aguentamos sermos taxados de "sem juízo" por querer algo que a grande maioria acha uma grande bobagem? E caí-se novamente no que é felicidade para cada um e como buscá-la. Talvez você não fique milionário seguindo seu coração, mas a sensação de apenas ser você e está de acordo com o que queres... é impagável.