segunda-feira, 11 de março de 2013

Escolha

A primeira vez que entrei em contato com o termo "escolha" eu devia ter uns 12 anos. Minha mãe me passou um texto que ela usava com seus pacientes na clínica. Falava sobre uma mãe que escrevia uma carta para cada filho. Eram dois. Não me lembro do texto inteiro mas ela explicava que eles teriam o poder de escolha de ser quem eles quisessem quando adultos. Nisso tinham afirmações. Como "Sou honesto" x "sou desonesto", "Sou próspero" x "Sou fracassado", "Sou medroso" x "sou corajoso" e por aí vai. Foi revolucionário saber que eu poderia ESCOLHER o que quisesse. Não fazia a menor ideia disso antes. Então ali comecei a fazer as minhas afirmações, meus contratos internos.
O primeiro era nunca abandonar meus sonhos.
Me comprometer e ser responsável pela minha felicidade pessoal.
Ser livre ou independente ao máximo possível.
Ser verdadeira comigo doa a quem doer.

Daí veio muita motivação para me manter firme nos hábitos que me levassem às minhas escolhas.

Escolha não é só saber o que se quer, mas principalmente saber abrir mão. Saber perder todo o resto por uma escolha. Tudo tem seu preço e ele faz mais sentido em ser pago por coisas que fazem parte de sua verdade interior e não pela verdade dos outros. Só a gente sabe o que é importante pra gente.

Durante processos de dúvidas e crises converso com minha criança interior também. Não sei pra que lado ir e relembro meus contratos com minha criança, então tudo vai ficando mais claro. Não se trair é uma coisa que me coloca muito no eixo. Não sei mentir pra mim. Convivo comigo o dia todo pelo resto da vida, portanto seria uma grande ignorância ou auto sabotagem fazer escolhas de acordo com uma verdade exterior e não interior. Tudo que falei é lógico só que na hora de escolhas importantes nos deixamos levar pela ansiedade, pelo medo, vaidade e passamos por cima de nós mesmos. E então somos os únicos a sofremos as consequências de escolhas impensadas ou mal feitas. Que nos sirva de aprendizado para a próxima escolha.

Ah, uma coisa importante é que, como vivemos por escolha nossa, somos responsáveis por tudo que sentimos no dia de hoje. Fomos nós que criamos essa situação portanto podemos mudá-la. Fazer outra escolha e tomar uma atitude para que estejamos alinhados exteriormente com o que sentimos interiormente.

Muito abstrato? É simples: Se está incomodado com o caos urbano, que tal criar momentos de silêncio? Procurar ambientes de quietude ao invés de mais barulho e confusão? Está insatisfeito com seu desempenho no trabalho? Observe ponto por ponto das atitudes que vc tem e repare onde está se sabotando. Saúde ruim, sem energia? Onde estás extrapolando, exagerando ou simplesmente descuidando de você?

Se colocar em primeiro lugar não é egoísmo, é altruísmo. Se você se coloca em primeiro lugar, faz escolhas positivas diariamente e se cuida, isso vai reveberar no ambiente, nas relações e outros ficarão inspirados a serem melhores, mais felizes.

Seja a mudança que você deseja no mundo.